Seguidores

9 de janeiro de 2012

Croniquetas Sacanas



Embora com atraso, segue a croniqueta do papai Noel.
Papai Noel

Natalino era um sujeito que curtia muito o mês de dezembro.
Com o maior prazer botava a roupa de Papai Noel e ia pro comercio fazer um
bico. Rena, sua mulher, já estava de saco cheio da vida e do casamento sem
novidades. Arranjou um amante, o Sininho, um magrelo locutor do sonoro do
bairro. Certo dia, comercio fraco, Natalino voltou mais cedo para sua casa e
como sempre, cantarolou Jingobel, antes de entrar no quarto. Sorte de Rena e do
peso pena Sininho, que só teve tempo de entrar dentro de um dos sacos de Papai
Noel do marido traído. Passada a noite, Natalino levantou-se, vestiu a surrada
roupa vermelha, pegou justamente o saco em que estava Sininho e foi pro
batalho.
Comercio movimentado, muita gente e Natalino lá, a caráter,
de microfone na mão, mandando ver. Quando Papai Noel abriu o saco para
distribuir os brindes, quem surge? Sininho, nu, amarelo, quase dourado. Num
piscar de olhos, tomou o microfone das mãos do petrificado Natalino e brandou:
Hô! Hô! Hô! O Sininho se ferrou! E fugiu em disparada. Foi muito engraçada a
cena nesta manhã. Um desengonçado Papai Noel correndo atrás do Sininho, com
aquele badalinho balançando.
(Biratan)